Cotidiano Encantado
Barro, presença e afeto

Esta coleção nasce da memória do Vale do Jequitinhonha e da delicadeza dos gestos cotidianos que formam nossa história.

As peças unem utilidade e beleza, convidando a levar para o dia a dia a essência, o afeto e a paisagem do Vale.

Tudo começou enquanto eu criava uma boneca especial — ainda guardada para ser revelada no tempo certo — que carrega, na saia, imagens desse cotidiano encantado. Desse processo surgiu também o desejo de transformar essas memórias em formas que pudessem ser tocadas, usadas e admiradas.

No passado, quando não havia água encanada, era comum haver jarras na sala, onde as visitas eram recebidas. O gesto de uma pessoa lavar as mãos da outra carregava respeito, cuidado e encontro. Esta lembrança inspira a coleção, que revisita o desenho original dos utilitários, ao mesmo tempo em que reconhece a história das bonecas que deles nasceram — e que hoje retornam ao seu ponto de partida em novas possibilidades.

As superfícies das peças narram cenas que vivem no olhar e na memória: mulheres que modelam a argila, crianças que brincam, casas brancas entre serras, o rio que atravessa tudo com calma e os ipês amarelos e rosas que florescem, mesmo na seca, iluminando o horizonte.

Cada objeto guarda esse afeto coletivo, mas também meu olhar pessoal. São peças que nasceram de uma pergunta íntima — “Eu gostaria de ter isso na minha casa?” — e de uma resposta que carrego com alegria: sim. Porque nasceram de um lugar verdadeiro, de um sentimento que pode ser partilhado.

Aqui, memória e arte se entrelaçam. Entre o barro, a presença e o afeto, cada peça convida você a criar novas histórias, levando consigo um fragmento do Vale do Jequitinhonha.